O que eu devo saber sobre APIs na automação de processo?
Por muito tempo, TO (tecnologia da operação) e TI (tecnologia da informação) foram dois mundos diferentes. Você e eu no lado a automação não colocaríamos os pés no lado da TI e TI não tinha nada a ver conosco. É claro que as vezes tínhamos aplicações onde precisávamos de colaboração de ambas as partes.
Por exemplo, em uma rede com soluções de cliente e servidor para gerenciamento de ativos de fábrica (PAM), o TI geralmente ajudava durante a implantação. Eles garantiam que o firewall não causaria problemas e forneciam servidores para instalar a solução.
Mais recentemente, temos redes de campo no nível de TO, como PROFINET e EtherNet/IP, assim como no nível de TI. Aqui, começamos a ver equipamentos de campo que precisam de cabos Ethernet ao invés de pares trançados de fios.
E os gateways são populares para os equipamentos de campo integrados em WirelessHART, HART ou mesmo PROFIBUS no nível de TI usando redes Ethernet. Esses gateways transmitem informações de campo em um protocolo padrão baseado em Ethernet, como EtherNet/IP ou OPC UA.
O conceito de Internet Industrial de Coisas (IIoT) trouxe novas maneiras de pensar sobre serviços em automação. Seguindo a estrutura Arquitetura Aberta Namur (NOA), as informações chegam a partir da pirâmide de automação tradicional. Você pode usá-la em muitos serviços para agregar valor além dos dados coletados do campo.
E se você quisesse integrar esses dados da nuvem em outra aplicação? Ou criar seu próprio serviço usando esses dados? Nesse ponto, encontramos o API e seu poder de fazer tudo acontecer.
O que é um API?
A sigla API significa interface de programação de aplicativos, mas o que isso quer dizer? É um tipo de interface de computação com múltiplas solicitações de usuário para criar, excluir e fornecer informações. Uma API pode ser customizada para fornecer vários recursos para os usuários, dependendo de quem a desenvolve.
Porém, ainda não está claro como isso funciona, não é mesmo? Certo, vamos fazer uma analogia para explicar a ideia.
Imagine que você precisa de um par de sapatos novo. Na loja você vê fileiras e fileiras de modelos da marca desejada, mas quer uma cor específica e, é claro, no tamanho certo. Quando pede ajuda de um vendedor, ele verifica o estoque da loja e retorna com um parte de sapatos na cor e tamanho solicitados.
Então com uma API, você é o usuário, procurando uma informação específica dentre as opções disponíveis. O vendedor é o mensageiro, coletando suas solicitações e trazendo as respostas. E o estoque é o API que processa as solicitações e fornece os resultados.
Outro exemplo próximo seriam os sites que ajudam a encontrar um voo. No site, você preenche um formulário com dados como datas de partida e chegada, os aeroportos desejados, preferência de assento e assim por diante.
Ao clicar em enviar, o website entra em conato com várias APIs de várias empresas. Essas APIs retornam todas as suas opções com base em suas especificações. Alguns sites permitem até que você agende o voo e use códigos de cupom, por exemplo.
APIs já estão totalmente integrados às nossas vidas online; muitos serviços as utilizam há anos. Mas como elas atuam nos bastidores, nós nos beneficiamos de sua implantação sem nem mesmo saber.
Como um API trabalha para a automação de processo?
APIs oferecem incríveis oportunidades de agregar valor às suas aplicações. Um exemplo é o Netilion Connect da Endress+Hauser, com o REST/JSON API seguro e fácil de usar.
O sistema Netilion Connect geralmente envolve um equipamento Edge, nuvem e API, mas é possível usá-lo sem o equipamento Edge. O serviço também oferece autenticação e autorização para garantir a confiabilidade do serviço. E o melhor de tudo, você pode testar gratuitamente. Legal, não é mesmo?
Todos os dados coletados de campo usando um equipamento Edge estão disponíveis para os usuários em um ambiente seguro. Você pode usar esses dados de diversas maneiras com possibilidades ilimitadas. Também é possível criar uma aplicação que coleta os dados da nuvem usando API.
Por exemplo, e se você quisesse usar seu smartwatch para fornecer o status de sua instrumentação? Ou para notificar um membro da equipe que você está enviando um problema e a correção? Ou customizar o painel com informações do equipamento e forçar valores de processo para análise de desempenho? Esses tipos de aplicações são possíveis usando API.
Há três meses, a OPC Foundation apresentou uma demonstração usando OPC UA e API para mostrar como é fácil coletar os dados e usá-los em lugares diferentes. A demonstração aconteceu no WordPress e teve interface com a API ali. O céu é o limite quando o assunto é onde e como podemos usar APIs e automação não é uma exceção.
TI e TO estão se fundindo cada vez mais, tornando informações como código em JavaScript e JSON essenciais para a vasta maioria das pessoas em automação. Agora mesmo você pode testar gratuitamente usando o sistema Netilion Connect e criando sua própria aplicação usando uma API real para automação de processo.
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Proteja-se e até breve!